segunda-feira, 3 de maio de 2010

Assembleia de Freguesia de Campolide - A ignomínia à solta


Decorreu no passado dia 30 de Abril, no Teatro Palmo e Meio, a Assembleia de Freguesia de Campolide, de carácter ordinário.
No meio da mais lamentável incapacidade de condução dos trabalhos. O Executivo e o Partido Socialista comportaram-se da forma mais ignóbil que se possa imaginar.
Apesar de ter quórum, os trabalhos começaram 27 minutos mais tarde porque o Presidente decidiu esperar pelos elementos do PS, que estavam numa reunião.
Quando se fazem afirmações, especialmente quando se utiliza o cargo que ocupamos para fazer acusações, não basta dizer que temos provas, não basta dizer que as faremos públicas um dia, não basta dizer que temos uma auditoria a decorrer que será do conhecimento de toda a gente.
Acusações e provas de ilícitos, se ilícitos houverem, devem ser remetidas ao Ministério Público, à Polícia Judiciária, à Inspecção-geral da Administração Local. E os eleitos da CDU estarão dispostos a esclarecer o que houver a esclarecer, se houver algo a esclarecer.
Agir utilizando uma Assembleia de Freguesia como se fosse um tribunal plenário, onde aos acusados é negada a defesa e se procura através da insinuação, manipulação e mera calúnia promover uma condenação em praça pública, de quem trabalhou afincada e denodadamente para a melhoria das condições de vida, recreio, e trabalho dos fregueses de Campolide, é um acto vil e cobarde que nenhuma outra força política, com excepção do PS e dos seus assistentes do Bloco de Esquerda, jamais fez nesta Freguesia.
Desculpar a sua incapacidade através de um esquema tão infame quanto rasteiro, é a única prova que o presente executivo conseguiu produzir do que quer que fosse a respeito dos elementos da CDU no anterior executivo da Junta.
Mais de seis meses após as eleições a acção da Junta de Freguesia de Campolide reduz-se a pouco mais de zero, e as transferências havidas em nada já se ligam com quaisquer aspectos que pudessem ser criticados na gestão anterior.
Desculpar ilegalidades cometidas, abertamente, com putativas ilegalidades cometidas anteriormente, não pode em nome da respeitabilidade das instituições fazer escola.
É inadmissível que o actual executivo não compreenda qual o seu papel numa Assembleia de freguesia, comportando-se o seu presidente como se estivesse ele mesmo incumbido de dirigir os trabalhos, interrompendo, intervindo e usurpando a palavra dos elementos da Assembleia devidamente em funções.
É incompreensível que o período de intervenção do público dure 1h18m, em que os tempos variem entre os 3 e 10 minutos, ao sabor do agrado das intervenções para o executivo, e que o Presidente da Junta utilize 20 minutos desse tempo não para explanar sobre as questões mas para lançar acusações.
É ilegal que se tente calar uma municipe com o pretexto de não ser recenseada na Freguesia, uma vez que tal preceito não se encontra nem na lei nem no Regimento da Assembleia.
É lamentável que estejamos perante um Presidente de uma Assembleia que não se dá ao respeito nem se faz respeitar, permitindo toda a sorte de comentários e intervenções de elementos não pertencentes à Assembleia, especialmente quando vêm ao encontro das posições da sua força política.
É deplorável que estejamos perante um Presidente de uma Assembleia que não entenda que os documentos oficiais que lhe são entregues por um representante de uma força política nunca o são feitos a nível de fiel depósito mas de intervenção dessa força na Assembleia.
É execrável que estejamos perante um Presidente de uma Assembleia que se permita ser interrompido e ultrapassado pelo Presidente de outro órgão e que não só não ponha imediatamente cobro à situação, como o permita e autorize a praticamente dirigir os trabalhos da mesma.
É inconcebível que um Presidente de Junta, no meio de acusações de maquinações políticas da oposição, promova e force a alteração de uma ordem de trabalhos, limitando a intervenção as forças políticas antes da ordem do dia, impedindo a discussão e votação de Moções e Propostas, impondo uma votação de Orçamento, cuja validade é no mínimo duvidosa em face da inexistência de acta ou sequer minuta da decisão.
A Assembleia de Freguesia de Campolide conheceu no último dia 30 de Abril uma das suas sessões mais negras dos últimos anos, e demonstrou claramente que o PS e Bloco de Esquerda, não só são incapazes de produzir qualquer trabalho útil para os fregueses, como tencionam através de actos vis transformar nos próximos três anos e meio as Assembleias de Freguesia em tentativas de promoção de “Caça às Bruxas” baseadas na insinuação e na calúnia
As atitudes ditatoriais são próprias de quem nunca nada fez e só tem incompetência.

1 comentário:

CDU de Campolide disse...

Fica a indicação que este blog recebeu dois comentários a este texto com a identificação de "carapaudegato", onde são feitas acusações aos eleitos da CDU, não só através do que recebiam ou receberam os "assessores" - Só por nota os eleitos da CDU tinham uma assessora e não "assessores" como é indicado - Como ainda se afirma que o autor das acusações sabe, e os eleitos da CDU sabiam dos gastos da Junta e negar isso é como negar o "SOL".
Fique sabendo o autor duas coisas de ciência certa:
1 - A CDU de Campolide não publica comentários com acusações graves como estas, sem provas nem identificaçãodo autor, para que possamos proceder de acordo com o teor das mesmas judicialmente.
2 - A CDU espanta-se da alegação de tal conhecimento por pessoa estranha ao funcionamento da Junta. Prova disso é que sabe muito, mas desconhece o teor da declaração dos eleitos da CDU em relação às questões de tesouraria, constante da Acta de reunião do executivo.
Por último carapaus de gato são isso mesmo, peixes minusculos que se escondem por entre o anonimato para atirar pedras sem ser vistos.
Assuma-se, identifique-se, por nossa parte procederemos consigo com a dignidade que lhe parece faltar a si e ao actual executivo.